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17/12/2009

As Doenças



Dos princípios abordados doutrinariamente verificamos que as doenças se distribuem em dois campos fundamentais: as doenças físicas e as doenças espirituais. Qualquer delas tem as suas causas próximas ou remotas, caso aquelas não sejam detectáveis.
É evidente que problemas de saúde surgem sempre que se utiliza mal o livre arbítrio, contribuindo para episódios temporais que podem trazer consequência lamentáveis. Avisados que estamos para as consequências dos nossos atos impensáveis. Se não cuidarmos dos avisos, receberemos de volta o que fizermos, na mesma ou nas experiências reencarnatórias subsequentes, o que quer dizer que as que se recebem resultam das experiências anteriores.
Estas doenças, físicas, podem trazer-se desde logo da vida intra-uterina, isto é, serem o resultado de problemas genéticos e são conhecidas por doenças hereditárias ou congénitas, ou podem ser adquiridas ao longo da vida em resultado de abusos, de repetição de hábitos antigos que se refletem nas fraquezas orgânicas e desencadeiam doenças físicas que, por sua vez, chamam a perturbação espiritual transformando as doenças em doenças mistas, físicas e espirituais.
Mas ocorre ainda que outros problemas podem surgir, outras «doenças» que são aquelas para as quais a medicina não encontra motivo, nem causa, nem efeito, mas que afetam profundamente a vida das pessoas.
A ciência chama-lhes doenças do foro nervoso ou psíquico e podem ser «neuroses, psicoses, psicoses maníaco-depressivas, esquizofrenias» ou simplesmente DEPRESSÕES». O mais das vezes são problemas espirituais que designamos por «obsessões simples, fascinações ou subjugações.

É evidente que tudo quanto ajude a minorar a dor humana é divino o que quer dizer que a Medicina humana, tradicional, é divina, desde que funcione dentro das Leis Divinas, e está aí para ajudar a minorar o sofrimento da humanidade. Embora rareiem hoje os apóstolos da Medicina, ainda encontramos verdadeiros exemplos de doação e amor ao próximo.

Consideradas as questões como ficam, a saúde pode ter duas visões. A primeira, de acordo com a Medicina da Terra, será o equilíbrio perfeito dor órgãos físicos, o que não coincide em relação à visão espiritual uma vez que podendo ser a doença física uma contribuição poderosa para o encontro do equilíbrio da alma, ou do espírito após o desencarne.

Podemos dizer, então, que toda a moléstia, toda a doença física, tem antecedentes espirituais. A ciência médica vai hoje dizendo que, as causas das doenças mais mortíferas como são o CANCRO e as DOENÇAS CARDIOVASCULARES, se encontram nas consequências do STRESS, situação que tem a sua génese na vida social agitada que se tem vindo a agravar nos dois últimos séculos, e que redunda nas alterações de funcionamento do metabolismo celular, com consequências graves no corpo físico. Esse stress, essa agitação, circula do corpo, pelo perispírito até ao espírito ou, mais frequentemente, do espírito através do perispírito, instalando-se no corpo físico.

Podemos dizer, pois, que a esmagadora maioria dos problemas tem sua génese no espírito, sua vivência, seus hábitos passados e presentes, assentes na Lei de Causa e Efeito posta em execução pela bondade Divina através da REENCARNAÇÃO.

É evidente que a distribuição da dor ao longo de várias experiências, resultado de condutas erradas ao longo de outras tantas, é manifestação divina do alívio que é permitido, como o é a descoberta de medicamentos que atenuem os efeitos dessas causas que se criaram. A Medicina é, pois, uma forma de fazer chegar o socorro às aflições que todos fomos criando.

Logo, as curas estão aí sendo uma obrigação dos humanos procurarem os melhores métodos para se conseguir. Além do mais é bem evidente, na Lei, esta realidade quando o próprio Jesus afirmou, peremptoriamente a propósito da «cura do paralítico de Cafarnaum», que, chegado ao fim o resgate, não havia motivo para prosseguir o sofrimento podendo surgir a cura (levanta-te e anda, os teus pecados estão perdoados).

Torna-se necessário reconhecer as ligações entre estes problemas para que se não caia no extremo nem de considerar tudo físico, nem tão pouco de considerar tudo espiritual, porque as consequências de errados comportamentos
espirituais podem ser físicas e terá que ser a Medicina terrena a dar uma achega, embora nós espíritas precisemos de saber que não chega, precisa da contribuição espiritual.


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